quarta-feira, 26 de outubro de 2011

bravo — disse o velhinho quando acordou

Quando os apoios financeiros são com base nos espetadores, é uma corrida ao público. Contratos com escolas para levarem os alunos, para levar a cultura à escola, música nas ruas e praças, à saída do metro e no terminal rodoviário... Milhares de espetadores!
Dizia um amigo ligado ao teatro: — agora tenho de ir a uma série de lares da terceira idade para aumentar a quota de espetadores.


1 comentário:

  1. Pode ser que assim certos artistas se comecem a mexer para levar a sua arte às pessoas, para aumentar o interesse geral ela arte e para atrair público aos auditórios, em vez de continuarem a realizar apresentações "públicas" (mas quase sem público) em salas praticamente vazias, onde são vistos/ouvidos por meia dúzia de colegas de profissão.
    É muito cómodo receber uns subsídios (ou apoios financeiros) para fazer uns espectáculos e nem sequer ter de se importar se alguém vai assistir, se alguém vai usufruir do evento.
    Fazer cultura para si próprio não é legítimo. O que já não é legítimo é fazer isso com dinheiros públicos.

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